Caros Ameeples

Boardgames

Um passo para trás para dar dois à frente?

Fui surpreendido com o anúncio da FFG em cancelar o lançamento do SW:LCG, retornando o jogo à fase de concepção, conforme o post em seu site http://www.fantasyflightgames.com/edge_news.asp?eidn=3043

E temos que lembrar que considerando o histórico da FFG com seus cronogramas de lançamento, a estimativa no texto de lançamento do jogo para o final de 2012, significa 2013, embora o texto deixe claro que não é possível dizer quando o processo criativo terá um fim e que essa previsão é apenas uma estimativa.

É mais surpreendente ainda que a decisão foi tomada após a GENCON11 e aparentemente o jogo foi bem recebido. Será que as críticas que aconteceram lá, que, aparentemente, foram poucas, justificariam recolher o jogo por quase um ano? O X-Wing está sendo encarado com muito mais ressalvas e não foi recolhido.

O que será que acontece de verdade?

23/fevereiro/2012 Posted by | LCG, Notícias | Deixe um comentário

Novamente indo para onde muitos já foram

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Trata-se de um jogo de tabuleiro, cooperativo, do Knizia e de uma franquia famosa. Mais do mesmo? Sim e não.

Há obviamente truques comerciais para chamar a atenção para o jogo: apelo a uma franquia famosa (star trek) renovada pelo J.J.Abrams, outra franquia estabelecida (heroclix) e um designer de board games muito conhecido, o Knizia.

Ok, o jogo chamou a atenção mas tente deixar de lado qualquer pré-conceito ao juntar tudo o que foi citado e tente ler o que vou escrever e experimente jogar de cabeça aberta. Você pode se surpreender.

A premissa do jogo é simples: A Enterprise é enviada numa missão para um planeta que passa por 3 diferentes crises e os klingons (inimigos) estão por perto para sacanear. Temos que resolver as 3 missões num determinado tempo, caso contrário perdemos.

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Cada jogador tem é representado no mapa por uma figura, um personagem da série. Cada personagem tem suas características próprias em cada uma das 3 esferas nas quais se distribuem as respectivas caractísticas e um poder especial.

Já o mapa é dividido em 15 territórios, onde em cada um há uma carta de missão e um token. As cartas de missão são referenciadas aos tipos de crises (9 no total, 3 para cada crise, retratando sua respectiva evolução) e eventos com efeitos diversos (estes 6 são sorteados todo jogo dentre 15). Há uma parte superior representando a Enterprise como uma locação própria e um track de órbita, representando a briga de gato e rato entre duas miniaturas de naves (a Enterprise e uma Ave de Rapina Klingon).

No turno de cada jogador sempre é revelada uma carta da pilha de eventos do timer do jogo que de acordo com a dificuldade selecionada pode gerar até 3 efeitos simultaneamente (briga no espaço, avanço da data e efeitos ruins diversos). Esta carta também dita a quantidade de ações disponíveis ao jogador no mesmo turno (algo entre 2 e 4, na maior parte das vezes será um 3).

As ações serão basicamente explorar o planeta, brigar no espaço, curar, adquirir cartas de recursos e completar missões (a principal). Para completar missões o personagem pega o valor da sua característica correspondente, soma o valor obtido na rolagem de dados e de eventuais ajudantes que também compartilhem da mesma característica. Se tudo isso falhar, ainda dá para jogar cartas da mão.

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E aqui um detalhe interessante do jogo: o quão bem você resolveu a missão e em que dia, determina qual será sua próxima missão, rendendo mais ou menos pontos (é uma árvore: 1 bom então 2A; 1 ruim então 2B…)

Enfim é divertido.

PRÓS

– é muito bem produzido, com miniaturas bacanas, cartas bem claras e manual muito bem orientado;
– tematicamente é bem imersivo;
– o gerenciamento de ações não é óbvio, pois o jogo exige exploração para localizar o local das missões para resolver as crises, eventualmente algum evento pode te surpreender no meio do caminho e a regra de limitação a um único teletransporte é muito bem sacada (ou seja, você não pode subir e descer para a Enterprise na mesma rodada, independentemente da quantidade de ações que você possua);
– para obter a pontuação máxima você terá que assumir riscos em algum momento e fazer um pouco de tudo: além de focar na boa resolução das missões terá também que bater na nave klingon

CONTRAS

– para quem não gosta de star trek boa parte do flavor diferencial do jogo se vai;
– tenho dúvidas sobre a rejogabilidade a longo do prazo do jogo (mas aqui acho que os críticos no bgg exageram)
– por ser cooperativo e com livre table talk um jogador pode determinar os rumos de tudo

23/fevereiro/2012 Posted by | Uncategorized | , , , , | Deixe um comentário

Um pouco de chão gelado

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Esta é uma foto do jogo, A few Acres of Snow, em andamento. Um nome singelo, atribuído a Voltaire, e que nāo faz justiça à tensão constante neste excelente deck building area control para 2 jogadores de Martin Wallace.

O tabuleiro é bem claro, com as informações nele presentes cumprindo seus objetivos. As cartas são de boa qualidade e os marcadores de madeira de vilas, cidades e fortificações são ok. Os discos de plástico para dinheiro cumprem a função (talvez a única vantagem verdadeira da edição limitada seja justamente o dinheiro, mas a relação custo benefício não vale em minha opinião).

A mecânica do jogo traduz fielmente a elegância de estilo do Wallace. Quer ir para um lugar? Jogue uma carta que tenha o referido lugar como destino e então use uma 2a carta que tenha o meio de transporte indicado na carta que vc usou para o destino escolhido e voilà, você chegou e adicionou a carta de destino ao seu deck. Adicionalmente se o destino tiver um símbolo de colono, você gasta uma 3a carta com o símbolo de colono. Pronto.

Ah e para montar esses combos, não dependo deles virem na minha mão?

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Sim e não. Você pode esperar ou se quiser montar rápido pode jogar cartas no reserve deck onde elas ficarão esperando o momento de serem usadas. A pegadinha é que cada carta posta ali custa uma ação e os jogadores só tem 2 por turno. Então você tem que tomar decisões sobre o que realmente é importante para você e com o adversário pressionando, pois se trata de um area control também.

Deste modo você tem que montar seu deck, vigiar seu adversário, defendendo ou atacando e ainda se preocupar com maneiras diferentes de encerrar o jogo, as quais incluem uma inapelável morte súbita. Sim, você pode estar vencendo o jogo com tranquilidade e de repente perceber que ui, que…Boston caiu. Traduzindo: se determinadas cidades chave forem capturadas o jogo acaba.

Se você ouviu falar de desbalanceamento é verdade mas não acredite no termo jogo quebrado. Há uma vantagem para os ingleses no começo do jogo mas é possível reverter. Você tem que considerar que esse jogo oferece muitas alternativas e constantemente obriga os jogadores a tomarem decisões, entāo é saber pressionar o adversário e entender que recuar não é vergonhoso, pode ser uma alternativa.

Enfim, para o meu gosto pessoal, é um jogo excelente. Nos comentários podemos discutir mais sobre o assunto para vocês entenderem a mim e aos meus motivos.

Um elogio final ao Wallace: como sempre a mecânica e as cartas, com seus efeitos, estão muito amarrados ao tema. E vale a leitura da nota histórica no manual, até para entender o título, no mínimo.

8/janeiro/2012 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

E o cerco se amplia

Eu amo e odeio a FFG: amo porque tem coisas muito legais de tabuleiro e jogos de cartas e odeio porque eles tem tantas coisas legais que sugam o meu dinheiro com uma facilidade impressionante.

Näo satisfeita em já me obrigar a dividir entre tabuleiros e cartas, agora a FFG está lançando um aplicativo a la Lovecraft para IPad e Iphone: Elder Sign Omens baseado no dice game Elder Sign.

Ainda näo está disponível, mas o aplicativo terá versöes para Ipad, Iphone, Mac e Android. Uma versäo beta do aplicativo foi demonstrada no final de semana passado numa convençäo Arkham Nights em Roseville, Minnesota, promovida pela FFG.

23/outubro/2011 Posted by | Digital, Lançamentos, Notícias | Deixe um comentário

Jogos nas Icoisas – III (Tactical Warrior)

Preferencialmente gostaria de postar sobre jogos de tabuleiro adaptados para as Icoisas, mas jogo é jogo, então tudo está valendo. E esse é bem bacana: Tactical Warrior é um jogo de ação por turnos, com ambientação inspirada em RPG mas não se trata seriamente de um RPG, então abstraia a ausência de história.

Você tem personagens que evoluem, de características bem diversas entre si, os quais podem trocar itens entre si, missões bem variadas que permitem alternância na utilização do grupo (nem todas as missões exigem todos os personagens a sua disposição), com objetivos diversos (na maior parte das vezes trata-se apenas de eliminar o adversário, mas existe de defesa e tomada de bandeiras, por exemplo) e níveis de dificuldade crescente.

Basicamente é um jogo de combate por turnos de guerreiros, bárbaros, arqueiros e monges muito bem amarrado mas com gráficos pobres (o estilo lembra jogos de DOS). Por ser um jogo baseado em turnos não há aquela ação frenética então ele é perfeitamente viável para todos os tamanhos de Icoisas. Tem opção hotseat para multiplayer, o que para mim é essencial.

Em suma, vale o download caso você seja um entusiasta de jogos de estratégia e goste minimamente de algumas características de RPG (xp, evolução de personagem, estereótipos para classes de personagens, dentre outras).

28/setembro/2011 Posted by | Digital | Deixe um comentário

Boas Notícias

A Galápagos Jogos anunciou para novembro o lançamento de mais um jogo de tabuleiro do Marcos Macri, autor de Pássaros, lançado pela Ceilikan.

Trata-se de um jogo do qual tive o prazer de participar de um play-teste e fiquei positivamente impressionado. A temática é divertida: somos grupos de monstros procurando assustar e converter famílias que acampam num vale. Cada monstro tem um poder específico e o  jogo envolve controle de área (as regras podem ser encontradas aqui: http://www.galapagosjogos.com.br/files/jogos/13_regras.pdf ).

A arte está bacana (ficou a cargo do Diego Sanches) e o manual está bem explicado. Os componentes são bem divididos e os biombos com ajuda do que fazer no turno são bem sacados. é algo básico para jogos europeus, mas fico contente que as boas coisas estejam sendo feitas aqui também.

O preço que está no site, R$ 65, em princípio é justo, ainda mais considerando escala. Todavia neste quesito ainda vou esperar para ver os componentes quando efetivamente tiver o jogo em mãos. Mas dada a qualidade do jogo e os lançamentos anteriores da Galápagos eu vou experimentar sem medo.

27/setembro/2011 Posted by | Jogos Nacionais, Notícias | 3 Comentários

Jogos nas Icoisas – II (Ticket to Ride)

Ticket to Ride é um jogo de tabuleiro do Alan Moon e uma grande adaptação para o IPad. Basicamente você tem objetivos de conectar cidades por caminhos no mapa (objetivos completos dão os pontos, incompletos tiram os pontos). Cada caminho tem um número de espaços que deve ser preenchido por seus trenzinhos, sendo que cada pedaço do caminho é pago por uma carta da cor indicada. Então na sua vez, você: compra cartas, preenche um caminho ou compra novos objetivos. Simples e direto.

A interface é excelente, comporta de 1 a 4 jogadores. Pode ser jogado on-line ou no modo pass-and-play, permitindo que todo mundo partilhe do mesmo brinquedo. O único senão é que para garantir as informações do jogo quando o jogador está na sua vez você não o vê comprando as cartas e portanto se perde um pouco do controle para saber o que seu adversário está fazendo. Num jogo de 2 pessoas isso não é problema, porque vc infere o que aconteceu, mas com mais gente é mais problemático. No entanto é um problema mínimo, que não compromete a jogabilidade e só será sentido por um serious gamer competitivo.

O jogo traz a mapa USA e como opcionais que podem ser adquiridos os mapas da Europa e Suíça, além do pack de objetivos para o USA 1910. Os bots são razoáveis e garantem a diversão. O mapa da Europa é mais família e o da Suíça é para até três jogadores e com inúmeras possibilidades de furar os olhos dos oponentes (talvez um dos mais cruéis da série). A jogabilidade nos três mapas é bem diferentes, por isso vale a compra desses opcionais.

No mundo real tem sito uma ótima porta de entrada para o mundo do tabuleiro e mesmo no IPad acabou servindo como incentivo para minha esposa se interessar pelo brinquedo (e agora que baixei alguns puzzles tenho que brigar por ele). Então trata-se de um jogo que vale muito a pena mesmo para quem acha que os $7 frente às outras opções na AppStore é muito. Não é.

O Pedro já comentou em um fantástico post dele no gizmodo, http://www.gizmodo.com.br/conteudo/como-o-ipad-2-virou-meu-videogame-favorito/ sobre o jogo e sua facilidade de set-up comparado ao jogo físico propriamente dito e como isso pode levar a um comprometimento não planejado do tempo. Isso vale para o Ticket to Ride e para quase todos os jogos de tabuleiro adaptados para gadgets em geral, o que muda é o grau do ganho de tempo nesta fase de gerenciamento (talvez o campeão seja o Twilight Struggle, jogá-lo on line significa uma redução de no mínimo 50%, mas isso já é assunto para outro post).

23/setembro/2011 Posted by | Digital, opinião | Deixe um comentário

Jogos nos Icoisas – I (Ascension)

Ultimamente tenho ficado de fora das jogas presenciais por “n” motivos: família, trabalho e limites físicos. Então para não ficar completamente na secura tenho matado as saudades do vício lúdico nos aparelhinhos da maçã, com seus aplicativos que remetem aos jogos de tabuleiro ou card games.

Deste modo, o primeiro que gostaria de comentar com vocês é o Ascension – Chronicle of the Godslayer, um deck building na linha de Dominion, Thunderstone e tantos outros.

Basicamente: vc começa com uma turma de heróis básicos que servem para comprar (vai para o deck) ou matar (vai para o descarte do jogo) cartas que dão benefícios imediatos no caso da morte e servem como pontos de vitória, para comprar mais cartas ou para matar outras cartas. O diferencial do jogo em relação aos outros do gênero é o set-up extremamente rápido, algo que perde sua razão no ambiente eletrônico.

O jogo em si é bem dinâmico e permite boas combinações e não é tão determinístico quanto o Dominion mas não é tão bem amarrado no tema quanto o Thunderstone. Na verdade, o tema é uma colagem, ainda que agradável aos sentimentos (pelo menos aos meus).

A interface nas icoisas é extremamente intuitiva e bem feita. Permite jogos solitários contra até 3 adversários robôs de bom nível e jogos multiplayer via rede. Permite ainda que até 4 jogadores joguem na mesma Icoisa. Enfim, na minha opinião, vale o preço pedido ($ 4.99) para ter algo na linha board games e card games da vida real. Caso vc só queira jogar e não se importa com essa relação há uma oferta bem grande de jogos mais baratos e igualmente divertidos.

13/setembro/2011 Posted by | Digital, opinião | | 3 Comentários

Uma nota de carvalho e um leve aroma de tâmaras do Magreb

Outro dia, considerando minha capacidade intelectual reduzida, estava ruminando alguns pensamentos rememorando uma opinião manifestada pelo grande Onça, de que jogadores habituais perderam o fascínio pela novidade e pelo lúdico, tornando-se uma espécie de críticos blasè.

Isso casou com uma notícia recente que li no Estadão sobre enologia, na qual toda aquela pose na degustação de vinhos esconde a influência de fatores externos, como rótulos: marcas famosas predispõe os especialistas a opiniões mais favoráveis e por aí ia. A reportagem ainda mencionava aspectos físicos que limitariam a capacidade de se emitir as opiniões às vezes poéticas de enólogos e sommeliers sobre vinhos, uma vez que apenas seria possível distinguir um determinado número de odores e sabores, o que estaria muito longe dos versos alexandrinos que às vezes são compostos pelos críticos.

Transporte isso para críticos de cinema e teremos também a questão do gosto travestida numa arrogância e prepotência intelectual sem tamanho. Muitas vezes os diretores de filmes devem vibrar com os críticos, pois estes atribuem uma inteligência e uma multiplicidade de sentidos e significados para a obra que vão muito mas muito além do “filmei uma boa história”. Basta ler comentários e entrevistas de diretores e comparar com as críticas que vocês perceberão a validade da minha conclusão.

Então por que me atrevo a colaborar com um blog que se dedica primordialmente a ter opinião sobre jogos de tabuleiro? Por que ainda não atingimos qualquer grau de prepotência sobre nossas opiniões, porque as consideramos apenas como isso: opiniões. Ao menos eu penso assim.

Deste modo lembre-se que os nossos respectivos gostos influenciam muito do que escrevemos. Mantenha seu filtro aberto. Outro filtro importante é que realmente até certo ponto sou forçado a concordar com o Onça, pois a fartura de opções que temos e um bom acesso a inúmeros títulos provocam uma sensação de saciedade que apenas grandes novidades podem superar. É o mesmo que tentar oferecer alguma iguaria para alguém após um lauto e completo jantar numa cantina italiana.

Todavia estamos nos esforçando para criar um ambiente de debates para tentar oferecer um feedback sobre jogos e porque é legal discutir um assunto sobre o qual gostamos. Então, ainda que você sinta notas de madeiras e aromas exóticos em qualquer coisa, fale, não teremos pudores em comentar.

8/julho/2011 Posted by | opinião | Deixe um comentário

Qwirkle!?

Ok, saiu o ganhador do Spiel des Jahres de 2011 e o supracitado do título deixou para trás o Asara e o Forbidden Island. Dos 3 é o que eu menos esperava, afinal é um jogo abstrato meramente ok, um Scrabble simplificado para pessoas de vocabulário curto como eu e mentalidade de chimpanzés para brincadeiras deste tipo.

Parece, em minha opinião, que suas regras simples e praticidade, tornando-o muito mais palatável para qualquer público, pesou decisivamente para sua escolha. Não acho que tenha ocorrido qualquer trama conspiratória, pois em termos de mercado a Ravensburger (editora do Asara) me parece muito mais estabelecida e diversificada que a Schmidt Spiele (do bizarro vencedor desse ano).

Enfim, o foco do SdJ definitivamente é diferente do foco gamer. Mesmo seu prêmio para serious gamers, neste ano conferido ao 7 Wonders, é muito discutível. Pessoalmente adoro o 7 Wonders mas em contraponto a outros lançamentos do mercado alemão em 2010 acho que ele fica atrás. Mas enfim, parabéns aos vencedores.

27/junho/2011 Posted by | Notícias, opinião | 2 Comentários